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sábado, 22 de dezembro de 2012

Não gosto de ter 18 anos

Quando eu era criança, o meu eu do passado fez uma promessa com meu eu do futuro: nunca iria desejar voltar a ser criança. Acabei de quebrar essa promessa, me desculpe. Pelo menos, por outros motivos. Tudo que eu queria é que parassem de me tratar como criança (e eu aprendi a lição no filme De Repente 30) mas agora me sinto uma quase adulta retardada.

Faço coisas que uma criança de 12 anos se orgulharia (digito muito rápido e sem olhar pro teclado, por exemplo) e o único bônus da minha idade é que terminei o ensino médio, mas isso os meus amigos também fizeram e cozinham, tocam um instrumento musical, cuidam de crianças pequenas, e muitos deles nem completaram 18 ainda.

Pra resumir minha reclamação sobre mim mesma: "jovem demais pra ser velha e velha demais pra ser jovem" como diria Sandy Leah na sua música nova.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Desfazendo mitos sobre meus livros

1. Sim, eu posso ler o mesmo livro novamente
E eu totalmente entendo que vocês estranhem que eu só descobri isso agora, considerando o tipo de leitora maníaca que vocês devem saber que eu sou. Acontece que eu sempre tive uma memória muito boa, então quando eu gostava muito de um livro eu ia pegar pra ler de novo e eu lembrava de cada palavra e ia pulando mas eu achava muito chato porque eu simplesmente lembrava de tudo então eu tava perdendo meu tempo podendo ler um livro inédito (e essa parte de usar o tempo pra ler um livro novo eu continuo defendendo). O primeiro livro que eu reli foi "O Ataque do comando P.Q.", um livro que eu fui obrigada a ler na 6ª série e eu já falei dele aqui, fui ler de novo porque deu vontade. O segundo livro foi "Tudo por um Popstar" que é o meu preferido da Thalita Rebouças. Estão lançando uma peça teatral sobre o livro e por isso várias referencias são feitas no twitter e no facebook e eu comecei a me sentir idiota por não lembrar de muitos detalhes (Desfazendo mitos sobre mim: estou ficando velha e minha memória não está mais tão boa assim) de um livro que eu tenho tanto carinho durante tantos anos. Para os dois livros foi ótimo lê-los com uma visão totalmente diferente de quando eu tinha 13 anos e eu passei a gostar mais ainda dos dois. Eu sei que foram dois livros infantis, fáceis e rápidos de ler, mas foram dois livros que eu já li há tempo suficiente pra esquecer e que me deu vontade de ler de novo.

2. Sim, eu posso me desfazer dos meus livros
E aparentemente isso entra em conflito com o item acima, já que se eu aprendi a gostar de ler os livros de novo porquê iria me desfazer deles? Acontece que tem livro que eu sei que não vou ler de novo, definitivamente. Livros na linha de "coisas que toda garota deve saber", um auto-ajuda pra pré-adolescentes (que na época foi muito bom pra mim), simplesmente não me cabe mais. E os três primeiros volumes das Crônicas de Nárnia, porque eu tenho o volume único e nunca me desfiz dos separadinhos porque eles são lindos e eu ainda sonhava em ter a coleção inteira, mas a vontade de comprar livros novos no lugar de algo que eu já li fala mais alto então desisti desse sonho. Esses livrinhos de pré-adolescente não mudaram minha vida, mas por mais idiotas que eles sejam foram eles que de fato me jogaram pra dentro das livrarias em busca de cada vez mais livros.

Outra coisa que contribuiu para que eu não me desfizesse dos meus livros foi o fato de ter medo de entregá-los a alguém que não tivesse o mesmo carinho que eu. Quanto a isso estou tranquila: eles vão pra minha prima que tem 10 anos e tudo o que ela pediu de natal foram livros! Sim, to querendo criar uma versão mais nova de mim. 

domingo, 16 de dezembro de 2012

Rebeca Kim por Rebeca Kim

O título é para poupar a saliva da Marília Gabriela quando ela for me entrevistar.

Com um comentário do meu tio me lembrei que está pertinho deste blog comemorar 3 anos de existência e isso com certeza é muito tempo além do que eu esperava. Fui ler meu primeiro post, do dia 4 de janeiro de 2010 e me inspirei.

Como eu disse lá, isso aqui ainda serve pra eu escrever sobre o que eu quiser quando eu quiser, então estou afim de falar sobre isso agora. Certas coisas nunca mudam. E vai que dia 4 eu esqueço, né?

Por exemplo, ainda não gosto de me apresentar, de falar de mim, mas entendo que isso é necessário algumas vezes. Ultimamente tenho "abreviado" meu nome para Rebeca Kim apenas, é igualmente bonito e não dá sono nas pessoas.

Agora com 18 anos, mais louca do que nunca por Vanessa Hudgens e Zac Efron, mesmo que eles tenham terminado o namoro há 2 anos (será que o blog deu azar?). Adoro o Jason Mraz mas hoje não citaria ele numa auto-apresentação. Ao invés disso, falaria que sou louca por livros e séries. E agora estou com a unha do dedinho mindinho do pé na faculdade.

Ainda confusa, muito preguiçosa, chata, e, obviamente, eu. Ainda não consigo definir do que esse blog se trata, e pretendo continuar tentando não abandoná-lo. Sim, realmente trata-se de várias coisas, do que eu estou afim na hora, como eu previ 3 anos atrás.

Felizmente, há 3 anos não se tratou "só" de passar o tempo mesmo. Foi como uma válvula de escape, uma terapia pras minhas crises de identidade e espero que continue assim. Obrigada por me aguentarem e me ajudarem.

E já que é raro eu falar de mim, vou aproveitar e fazer uma propagandazinha. Com esse blog, além de eu entender que o que eu quero mesmo é escrever, eu aprendi sobre mim. E eu aprendi que eu tenho várias faces, cada dia uma coisa, e eu tenho que lidar com isso ao invés de controlar uma coisa só. E pra isso serve o último espacinho da coluna da direita, acima das tags, intitulado "link me".

Quando o coloquei ali pensei na possibilidade de eu ser super famosa e então todos os meus fãs iam querer ter todos os meus perfis de todas as redes sociais (sério) e mesmo que eu achasse isso muito pouco provável de acontecer, vai que... né?

Hoje me dei conta de que são essas minhas várias faces. Se você não entendeu, dá uma fuxicada em mim. Cuidado pra não se assustar. No twitter sou eu sem filtro. No tumblr sou eu sendo muito tiete. No facebook sou eu pro público. No We♥It sou eu e as coisas fofinhas. No orangotag são minhas séries. No skoob, meus livros. Esses dois últimos desatualizadíssimos, mas um dia vou tomar vergonha na cara, juro. No orkut e no formspring, sou eu antigamente. Aqui no blog, ou pessoalmente, cada hora sou uma coisa. Mas tudo sou eu, não é minha equipe falando por mim, juro.


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

"Fiz da língua portuguesa a minha vida interior, o meu pensamento mais íntimo, usei-a para palavras de amor. (...) E nasci para escrever. Minha liberdade é escrever. A palavra é o meu domínio sobre o mundo." (Clarice Lispector)

sábado, 1 de dezembro de 2012

Amy e os olhos azuis

Histórinha que me contaram na aula de religião do colégio:


"Amy Carmichael era uma linda menina irlandesa de três aninhos de idade. Sua família era cristã. Eles iam todos os domingos à igreja e realizavam o culto doméstico… Amy era muito feliz! Ela amava sua família e admirava os olhos azuis de seu pai, sua mãe e seus irmãos…

Todos na casa de Amy tinham olhos azuis… Todos… Menos… Amy! O sonho de Amy era ter olhos azuis como o mar. Ah! Como Amy desejava isso! Um dia, na escola dominical, ouviu a professora dizer: “Deus Responde A Todas As Orações!

Amy passou o dia todo pensando nisso… À noite, na hora de dormir, ajoelhou ao lado da sua cama e orou: Papai do Céu, muito obrigada porque você criou o mar que é tão bonito! Muito obrigada pela minha família. Muito obrigada pela minha vida! Gosto muito de todas as coisas que você fez e faz! Mas, gostaria de pedir, por favor, quando eu acordar amanhã, quero ter olhos azuis como os da mamãe! Em nome de Jesus, amém.

Ela teve fé. A fé pura e verdadeira de uma criança. E, ao acordar, no dia seguinte, correu para o espelho. Olhou… E qual era a cor de seus olhos?… Continuavam Castanhos!

Por que Deus não ouviu Amy?

Por que não atendeu a seu pedido?

Bem naquele dia, Amy aprendeu que um NÃO também era resposta!

Anos depois, Amy foi ser missionária na Índia. Ela “comprava crianças para Deus” (as crianças eram vendidas por suas famílias – que passavam fome – para serem sacrificadas no templo, e Amy as “comprava” para libertá-las desse sacrifício).

Mas, para poder entrar nos “templos” da Índia, sem ser reconhecida como estrangeira, precisou se disfarçar de indiana: Passou pó de café na pele, cobriu os cabelos, se vestiu como as mulheres do local, e entrava livremente nos locais de venda de crianças.

Amy podia caminhar tranqüila em todo “mercado infantil”, pois aparentava ser uma indiana. Um dia, uma amiga missionária olhou para ela disfarçada e disse: Puxa Amy! Você já pensou como você faria para se disfarçar se tivesse olhos claros como os de todos da sua família? Que Deus inteligente nós servimos… Ele lhe deu olhos bem escuros, pois sabia que isso seria essencial para a missão que lhe confiaria depois!

Essa amiga não sabia o quanto Amy havia chorado na infância por não ter olhos azuis. Mas Amy pôde, enfim, entender o porquê daquele “não de Deus há tantos anos!

Amy entendeu também que Deus pode responder uma oração de três formas, Ele pode dizer sim, não ou espere um pouco.

Quando era pequena, Amy entendeu como um “não”, seu pedido para ter olhos azuis, mas Deus sabia o quanto ela seria útil na Índia, e como ter olhos castanhos seria importante para que isto pudesse dar certo."